BLACK LABEL SOCIETY

Discípulo dedicado do Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, Zakk Wylde construiu sua reputação ao entrar na banda de Ozzy Osbourne. Sim, em 1987, aos 20 anos de idade, Jeffrey Phillip Wielandt passou a ser conhecido como Zakk Wylde ao assumir a guitarra na banda de Ozzy, herdando o posto de nomes como Randy Rhoads e Jake E. Lee. Ele poderia ter enfrentado rejeição, mas conquistou os fãs e se firmou como um dos favoritos do Madman. Não por acaso, o guitarrista participou com o Pantera da celebração "Back to the Beginning", em 5 de julho de 2025, evento que reuniu a formação original do Black Sabbath e marcou a despedida de Ozzy Osbourne dos palcos.

Zakk domina os 'pinch harmonics' (harmônicos artificiais) com a mesma autoridade com que Chuck Berry eternizou o 'duck walk'. O guitarrista foi destaque na capa da Guitar World mais de uma dúzia de vezes, em reconhecimento tanto ao seu trabalho nos discos multiplatinados de Ozzy, a quem chama carinhosamente de "o Chefe", quanto à sua longa trajetória à frente do Black Label Society. Sua icônica Les Paul com estampa de alvo repousa no Rock & Roll Hall of Fame, enquanto suas calças boca de sino fazem parte do acervo do Grammy Museum. Zakk também tem as mãos eternizadas na Calçada da Fama do Rock em Hollywood, conquistou um Grammy ao lado de Ozzy e assinou a coautoria de boa parte dos clássicos álbuns Ozzmosis e No More Tears.

No Black Label Society, Zakk é o vocalista e guitarrista, tendo atualmente ao seu lado Dario Lorina (guitarra), John DeServio (baixo) e Jeff Fabb (bateria). Em meio aos compromissos em que segue celebrando o legado do Pantera, o guitarrista planeja o sucessor de "Doom Crew Inc." (2021), antecipado pelos singles "The Gallows" e "Lord Humungus". "Antes você fazia o álbum, os vídeos e depois saía em turnê. Agora, vamos soltando singles, vídeos, e quando for hora da tour, já teremos uma bagagem pronta", observou. Com o estúdio Black Vatican, construído na casa de Zakk em 2010, o guitarrista passou a contar com total liberdade criativa para transformar ideias em músicas finalizadas, já mirando o 12º álbum de estúdio da banda desde sua fundação, em 1998. Com seu som pesado, blueseiro, caótico e impiedoso, o quarteto soa como a mistura de um ataque feroz com um espetáculo cheio de energia, criando uma tempestade sonora movida a cafeína tanto nos palcos quanto nos discos. As músicas funcionam como hinos de celebração e de luto, embalando as noites explosivas e os dias mais turbulentos. Assim, quando subir ao palco do Bangers Open Air 2026, muitos poderão comprovar que o colete de batalha estilo motoqueiro com o símbolo do Black Label Society é tão presente em shows de rock e metal quanto a clássica camiseta preta.